domingo, 6 de maio de 2012

O NÓ DA VÍTIMA


DOLORES

NÃO SEI,  POR QUE ESTE NOME

MAS DOLORES NÃO TINHA DORES

NEM A DOR DO PARTO SOFREU.

SUA SINA SOFRIDA

NÃO ERA, POR ASSIM DIZER,

POR ELA SENTIDA.

DOLORES SEM DORES

NÃO PODIA SER DOLORES

SEUS PODERES INDOLORES

TALVEZ VIESSE DAS FLORES.

DAS FLORES NASCEM DOLORES SEM DOR

DAS FLORES GERMINAM DOLORES

DESABROCHADAS

ABERTAS PRA VIDA

SEM MEDO DE TER UM NOME

UMA SINA

OU UMA IDENTIDADE QUE ANIMA.

DOLORES SEM DORES NÃO SOFREM

O DESTINO CONSTROEM

 SEM O LAMENTO

DAQUILO QUE NÃO PÔDE SER

DAQUILO QUE NÃO PÔDE TER.

SEM DORES

DOLORES ENFRENTA HORRORES

MAS OS HORRORES DE DOLORES

NÃO SÃO PARA ELA

TÃO FEIOS ASSIM




O NÓ DA VÍTIMA



A Dolores desta história era bem diferente da Dolores da poesia acima. Era uma mulher muito sofrida; pelo menos, é o que desejava transparecer. Sua vida não era ruim, pelo contrário, possuía uma vida sonhada por muitos – estabilidade financeira, boa casa, um bom marido e filhos carinhosos e atenciosos. O que faltava a Dolores? Esta era sempre a pergunta que todos se faziam. Faltava a ela a coragem de abandonar a sua condição de vítima. Dolores não era vítima de ninguém, apenas de si mesma. O seu mundo externo era farto, mas, o seu mundo interno muito pobre, talvez, miserável. Tinha vocação para a tristeza. Vivia reclamando de tudo. O seu corpo era um depósito de doenças, todas elas psicossomáticas. Na sua cabeça, ninguém prestava e havia sempre alguém desejando seu mal. Fazia questão de se lembrar, todos os dias, das pessoas que, ao longo de sua vida, haviam lhe provocado algum desagrado ou algum mal. Parecia ter saudade da dor que estas pessoas lhe ofertaram. Colecionava  dezenas de algozes, seu álbum de figurinhas amargas era folheado todos os dias, aliás, este era o seu hobby e a sua maior diversão. Possuía um bom emprego, mas sentia-se explorada e desvalorizada por seus colegas de trabalho. Nunca cumpria adequadamente suas atividades profissionais, pois estava sempre faltando por motivo de doença. Coleciona também, atestados médicos. Quando Dolores adoecia de fato, curiosamente, obrigava-se a trabalhar. Agredindo-se e desrespeitando-se, comparecia ao trabalho pontualmente, totalmente debilitada, pronta a executar com dificuldade suas atividades. Quando estava bem, inventava pequenos motivos para não comparecer ao trabalho, principalmente em dias de muito aperto. Este seu comportamento deixava todos muito confusos.
Muita gente tinha pena de Dolores e ela adorava esta condição. É difícil entender como o marido e os filhos a suportavam. Na verdade, ela teve a sorte de encontrar personalidades complementares, ou seja, co-dependentes onde um precisa da doença do outro para sobreviver. Pode ser que a melhora de Dolores não interessasse muito a eles. Em alguns casos, muitos deixam de se sentir úteis e importantes quando o outro melhora. Em outros casos, se sentem menos fortes e com menos comando diante da recuperação da vítima. ”Enquanto ela for frágil, eu serei o forte e o portador do comando nesta família”. Independente do incentivo que Dolores tinha para continuar assim, ela poderia mudar a sua condição caso desejasse. Mas, continuava a mesma, anos após anos. Na terapia, debulhava o seu rosário de lamentações. Não aceitava outro tipo de trabalho que não fosse o de relembrar, dezenas de vezes, as mesmas histórias de rejeição ou exploração. O tempo não passava para ela, estava sempre lá, no passado, agarrada a algum fato desagradável. Mesmo que já houvesse passado 30 anos, falava inúmeras vezes o mesmo fato como se ele tivesse acontecido hoje. As intervenções terapêuticas nunca eram, de fato, processadas. Rejeitava e deletava a consciência que deveria ter dos fatos, voltando na sessão seguinte com a mesma história.
Muitas Dolores que procuraram terapia mudaram radicalmente a vida, esta, no entanto, continuou sempre a mesma.



Para uma vítima há sempre um perseguidor e vice versa. Se a figura do perseguidor não existe, ela sempre dá um jeito de criá-la. Produzirá uma situação conflituosa, real ou imaginária, onde o perseguidor possa protagonizar ofertando-lhe o seu papel de vítima. Se não puder representar este papel, sente-se sem lugar no palco da vida, portanto, inútil e sem valor. A vítima é como aquele artista imaturo que só sabe representar um tipo de papel. Não se esforça para crescer e atuar de forma diferente frente a vida. Perde a possibilidade de desenvolver-se como ser humano, no entanto, a sua estreita consciência, totalmente voltada para os pequenos ganhos secundários relacionados à atenção e afeto, faz com que abra mão da grande conquistas – transformar-se numa pessoa responsável pelo seu processo de crescimento. O crescimento da vítima sempre depende de alguém e como ela não deseja crescer para não perder o seu papel de coitada, dará sempre um jeito de acreditar e fazer os outros acreditarem também que o seu perseguidor não deseja o seu desenvolvimento.

A linha que separa a vítima de um guerreiro é muito tênue. Ao longo da vida, podemos ser vítimas de alguém. Há sempre algo ou alguém servindo de obstáculo no nosso caminho. A grande diferença entre o guerreiro e a vítima é a postura diante das dificuldades e não os obstáculos em si.

O quadro abaixo demonstra a diferença entre o comportamento da vítima e do guerreiro frente os obstáculos:



VÍTIMA
GUERREIRO


Cria os obstáculos
Jamais cria os obstáculos; enfrenta-os
Paralisa
Segue em frente
Desanima-se
Motiva-se
Adoece
Cresce
Reclama e bate sempre na mesma tecla
Cria estratégias diferentes
Só quer ser o ajudado
Ajuda quem estiver junto



É mais fácil curar um comportamento de vítima do que uma personalidade já estruturada como tal. Daí, a importância de criarmos os nossos filhos para serem guerreiros. Muitos casais, guerreando entre si, estruturam os próprios filhos para serem vítimas do parceiro vilão. Agindo assim, fortalece e delega ao outro o papel de perseguidor e a si mesmo o papel de vítima. Muitos deixam de ser pai e marido para ser o vilão ou deixa de ser mãe e esposa para ser a vilã. Já tive muitas clientes, vítimas dos maridos; criavam situações para que os filhos também pudessem se vitimar. Carentes, faziam de tudo para que estes dirigissem o olhar para tudo que o pai estava deixando de oferecer. Aquilo que o pai fazia de bom, jamais era considerado uma virtude, apenas uma insignificante obrigação. Existem também os homens que fazem os mesmos jogos, no entanto, como é bem menor a quantidade de homens que procuram terapia, atendi um número bem maior de mulheres. Homens, geralmente, não gostam muito de serem vítimas de mulheres, preferem serem vítimas de outros homens. Ser vítima de uma mulher, talvez lhes diminua a masculinidade.

A quem crie situações agressivas ou de risco e para se tornar a vítima heroica. Envolvem-se em brigas, acidentes, disputas agressivas, enfim em uma série interminável de situações para receber o troféu de coitado.

Há muitas maneiras de se vitimar. Podemos iniciar a nossa vida sendo vítima de nossos pais, depois de nossos irmãos, professores, amigos, patrões, cônjuge, trabalho, sociedade, doenças e por aí vai. Basta escolher a situação que se aplica melhor à fase que você estiver vivenciando. No entanto, não se esqueça que toda fase de vida é fase de crescimento; em cada uma aprenderemos coisas diferentes e indispensáveis ao nosso desenvolvimento e evolução. Se você se dispersar, adotando uma postura que lhe impeça ver as coisas da forma como elas são, de fato, e não como o seu olhar de vítima os vê, você estará desperdiçando uma valiosa oportunidade de crescimento. Com uma visão estreita da vida, apegada a pequenos ganhos secundários, a vítima abre mão de uma grande conquista – a expansão de seu potencial. Por trás de uma vítima tem sempre grandes “nós”; há uma série de sentimentos tóxicos e vivências mal elaboradas.  Vitimar-se é uma forma de justificar o nosso comodismo e a nossa covardia. Mentimos para o mundo implorando uma pena que nos transforma apenas em vilões de nós mesmos. 

Se você deseja ficar mais atento e corrigir esta postura em sua vida, a historinha do guerreiro perneta talvez possa lhe ajudar.



O GUERREIRO PERNETA



   Num pequeno vilarejo, onde a oferta de trabalho era pequena e a miséria grande, um funcionário do rei designado para escolher um guarda-costas para a princesa, viu-se, depois de dezenas de seleções, diante dos três últimos candidatos ao cargo. Restaram três últimos candidatos com características bem diferentes. O primeiro possuía uma estrutura física invejável. Alto, robusto e dotado de uma musculatura bem definida poderia, aparentemente,  proteger a princesa com sua notável força física. O segundo, apesar de não possuir uma estrutura física tão avantajada, possuía muitos conhecimentos. Era intelectualmente superior ao primeiro, no entanto, inferior em se tratando de força física. E o terceiro? Ninguém entendia como aquele candidato conseguira chegar à última eliminatória. Não era superior ao primeiro na força física e nem ao segundo em nível de conhecimento. Além desta inferioridade, era perneta. Que qualidade teria este candidato para proteger a princesa?

A última prova de seleção exigia que cada candidato subisse a topo do pico mais alto da região. Uma perigosa trilha poderia servir de referência. Até então, era o único caminho conhecido e seguro a ser percorrido. Quando voltassem, deveriam relatar a aventura passo a passo.

O primeiro a voltar foi o candidato dotado de notáveis conhecimentos. Relatou a sua experiência denotando uma grande frustração:

─Olhe como estou! Estou todo ferido e doído. Como é que vocês podem designar uma missão impossível a alguém. Estudei o mapa da trilha durante dias, segui o trajeto conforme o indicado enfrentando espinhos, pedras, sol e chuva para quase no final do trajeto me deparar com uma pedra enorme que bloqueia o caminho impedindo seguir em frente. Adoeci por causa desta prova, mas estou aqui, cumpri a minha parte. Sei que é impossível arrastar aquela pedra dali. Vocês me colocaram em risco, pois há muitos animais ferozes pelo caminho. Passei um dia inteiro em cima de uma árvore para me safar de um deles. Agora, estou com minha coluna toda doída. O que a gente não faz por uma princesa. E, ainda corro o risco de não ser reconhecido. Há mais dois candidatos tentando a mesma proeza. Aliás, encontrei um deles, bem folgado, debaixo de uma árvore descansando. Parecia não se importar em seguir em frente. Também, nunca acreditei na disposição dele para isto. Não vou falar quem é para não dizerem que estou fazendo fofoca. Enquanto ele descansava, eu lutava para concluir com êxito a minha prova. Estou desgastado, mas se Deus quiser este desgaste vai diminuir com o tempo. Vou ter tempo para descansar, pois, pelo visto, nenhum dos dois voltaram ainda. Inclusive, aquele alimento que vocês nos ofereceram não foi suficiente. Morri de fome, emagreci 5 quilos. Não sei como vou conseguir repor esta perda. Fiquei muito frustrado, me mordi de raiva por ter que voltar sem concluir a missão. Pensei em todos os conhecimentos que adquiri ao longo da vida para arrastar aquela pedra dali, mas ela era grande demais. Apesar de frustrado, fico feliz de ter sido o primeiro a voltar “são e salvo”. Não morri por um milagre. Espero que os outros dois consigam voltar vivos. Fico imaginando a cara deles ao se depararem com uma pedra daquele tamanho no final da trajetória.

─Valeu o esforço? Interrompeu o súdito do rei.

─Meu esforço foi em vão. É muito triste não conseguir aquilo que se deseja tanto. No entanto, se eu for recompensado por isso, vai valer à pena sim. Espero que vocês possam, no mínimo, reconhecer isto.

Depois de dois dias chegou o candidato dotado de força física. Foi solicitado a fazer o mesmo relato:

─Cheguei lá no alto e tinha uma pedra. Achei por alguns instantes que não conseguiria move-la, mas a minha força não me traiu. Consegui! Cheguei até o alto do pico, finquei a minha bandeira e estou aqui de volta. Acho que mereço este trabalho, pois venho de uma família humilde e tenho que trabalhar para sustentar a minha atual família. Estou com um menino doente, precisando de tratamento. Ele me faz lembrar a minha infância. Fui rejeitado pelo meu pai e minha mãe teve que tratar da gente com muita dificuldade. Não tive infância, pois tive que trabalhar desde pequeno. Eu adoecia muito, pois eu era desnutrido assim como meu filho. Depois, uma família de camponês teve dó da gente e deu trabalho para a minha mãe. Em troca dava comida para todos nós. Foi aí que saí da desnutrição e peguei este corpo. Estes músculos são fruto do trabalho pesado que me obrigaram a fazer. Eles exploraram a gente até o dia que minha mãe nos arranjou um padrasto que nos levou dali. Mas, este padrasto não nos deu nada , batia muito na minha mãe e na gente também. Eu já tinha força para enfrentá-lo, mas fui educado a não faltar com respeito. Ficava com muita raiva, mas não podia fazer nada. Minha mãe queria aquela vida... Sofremos naquela vida durante muitos anos, até que Deus resolveu levar aquele homem. Agora, sou eu quem mantenho a família. Casei-me, minha mulher também é doente e não pode me ajudar. Peço, encarecidamente, este trabalho. Provei que consigo enfrentar as durezas e os pesos da vida. Agora só falta o meu merecimento. Acho que mereço, não é?

O terceiro candidato demorou dois dias a mais para chegar. Muitos acreditavam que, talvez, tivesse sido devorado pelos animais selvagens da região devido sua fragilidade física e média intelectualidade. Antes que o tempo máximo determinado para concluir a prova fosse esgotado, apareceu exultante. Convidado a fazer o mesmo relato, pronunciou-se:

─Foi uma aventura emocionante! Iniciei a minha caminhada checando bem a quantidade de alimento e água que possuía, bem como os recursos que a região poderia me oferecer neste sentido. Procurei não desperdiça-los, pois sabia que ao longo da caminhada as coisas poderiam ficar mais difíceis. Sei que os maiores obstáculos nem sempre aparecem no início de nossa jornada. Assim, toda vez que encontrava árvores frutíferas, nutria-me e deliciava-me ao sabor das mais raras frutas. Carregava algumas comigo para oferecer, ao meu corpo sedento, o deleite de sabores agradáveis. Agradar ao paladar, também relaxa. Encontrei alguns animais perigosos durante o percurso. Aprendi a detectar as marcas de suas pegadas na terra. Isto me poupava confrontos sem que eu estivesse, de fato, preparado para os mesmos. Alguns, consegui espantar, pois acho desnecessário matar, a não ser por legítima defesa ou para matar a  fome. Quando me via sem saída, tendo como única alternativa matar, aproveitava a carne para fazer um excelente banquete. Mesmo não sendo tão saborosa quanto a carne que saboreio em minha casa, o sabor da sobrevivência que eu experimentava era, sem dúvida, irrecusável. Estabeleci uma rotina que não me esgotasse. Parava para descansar debaixo de árvores maravilhosas que me energizavam com sua sombra acolhedora e seu odor refrescante. Tomava meus banhos em lindos riachos que encontrava pelo caminho e apreciava a maravilhosa paisagem lá de cima. Quem está aqui em baixo, não pode imaginar como este vale é maravilhoso visto de cima. Temos que preservar esta beleza, pois é um verdadeiro santuário tudo isto aqui. Em meus momentos de meditação e relaxamento procurava equilibrar o desequilíbrio que percebia existir entre a minha mente e meu corpo. A minha mente deseja e pensa rápido demais, não dando ao meu corpo a possibilidade de se exercer no seu tempo. Inicialmente, minha limitação física deixava a minha mente ainda mais ansiosa. No entanto, os meus constantes exercícios de equilíbrio mente/corpo, permitiram aos dois fazerem as pazes e andarem no mesmo ritmo. Com seu ritmo equilibrado você se desgasta menos. O tempo que se gasta com estes exercícios, se ganha ao final da trajetória. Um guerreiro sabe que não deve usar toda sua munição já no início da caminhada. Assim, me poupei fisicamente e de todas as formas possíveis para chegar até ao final com vitalidade. De que adianta vencer uma guerra se destruindo? Encontrei pelo caminho um dos candidatos. Ele informou-me que no final do trajeto havia uma enorme pedra impossível de ser transposta. Não me desanimei. Pelo contrário, sabia que teria um grande desafio pelo frente e que, com certeza, eu daria conta de vencê-lo. Pensei em algumas estratégias que poderia adotar. Achei que seria conveniente criar, a partir daquele local, uma nova trilha. Mas, depois de muito pensar, cheguei à conclusão que estava me desgastando mentalmente, me preocupando com uma situação que não era um problema para aquele momento. Certo que não devemos nos ocupar daquilo que não aconteceu ainda, resolvi seguir em frente. O mais engraçado é que consegui chegar ao topo do pico sem encontrar nenhuma pedra que pudesse obstruir a minha passagem. Parece que Deus a tirou do caminho. Finquei a minha bandeira lá e voltei com mais experiência e satisfação por ter alcançado a minha meta. Desta forma, a volta foi bem mais fácil e rápida. É uma benção poder estar aqui relatando toda esta aventura para o senhor. Mesmo que eu não seja a pessoa indicada para este cargo de tamanha responsabilidade, me sinto cada vez mais responsável pela minha própria vida e digno de vivê-la.

—Isto quer dizer que valeu a experiência? Perguntou o súdito do rei.

—Não só valeu, como me sinto cada vez mais determinado e forte para enfrentar os novos embates que a vida me apresentar.

O resultado da seleção dos candidatos saiu no mesmo dia. Ninguém entendeu a lógica do mesmo, mas o sábio súdito sabia que só um verdadeiro guerreiro seria capaz de impedir a princesa de se tornar vítima de alguém.

—Venceu o perneta! Comentavam surpresos e irônicos as más línguas.







ESPAÇO DE REFLEXÃO





Qual dos dois você prefere ser? Qual dos sois está sendo?






A VÍTIMA
UM SER REALIZADO


Me sinto um coitado
Me sinto um privilegiado


Tem sempre alguém me perseguindo
Sou muito protegido


Meu karma é sofrer
Vim ao mundo para ser feliz


As pessoas gostam de me fazer ou ver sofrer
Sou muito amado e querido


Não tenho sorte na vida
Agradeço a vida que tenho


Ninguém me ajuda
Sou muito ajudado


Ninguém pensa em mim
Penso em mim com muito carinho


Eu não mereço este sofrimento pelo qual estou passando
Estou tentando entender como semeei e cultivei esta dor


As pessoas sempre tiram vantagem sobre mim
Não deixo ninguém me explorar


Deus se esqueceu de mim
Deus está sempre presente, embora eu, nem sempre, consiga percebê-lo claramente


Sou sempre o prejudicado
Zelo pela minha integridade e pelos meus direitos


Sempre saio na pior
Busco sempre o melhor para mim


Nunca recebi o que merecia
Só tenho a agradecer


Passei a vida inteira pensando nele(a) e agora é esta ninharia que recebo?
Foi muito gratificante ter me doado tanto. Sempre tive muito para dar.


Se ele(a) não fosse assim, eu seria feliz
Amadureci muito com o seu jeito difícil de ser


Ele destruiu a minha vida
Os meus alicerces são muito fortes e a cada dia edifico mais uma parte de meu ser com as pedras que me jogam


Ninguém me entende!
Eu me compreendo bem e compreendo a dificuldade das pessoas de me entenderem


A felicidade não existe
Sou feliz!


Estamos pagando pelos nossos pecados
Estou aprendendo com meus erros





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