domingo, 26 de agosto de 2012

O NÓ DO SEXUALISMO




QUANDO VOCÊ SE ARREBENTA EM MIM

CHEIRANDO MAREZIA

NESTE MAR DE DESEJOS

EU TAMBEM ME ARREBENTO

NUMA ONDA DE PRAZER


QUANDO SOU BANHADA

POR ESTA ÁGUA SALGADA QUE FLUTUA

PELO SEU CORPO ESCORREGADIO

A MARE SOBE, INUNDANDO-ME

E EU ME  MOLHO DE DESEJO POR TI


QUANDO SEUS URRANTES DESEJOS

 SE QUEBRAM EM MIM

ESPARRAMANDO A ESPUMA BRANCA DE SEU PRAZER

NO LEITO DE MEU CORPO

DELEITO-ME


AMACIO E TE ABSORVO

COMO A AREIA DO MAR

TE ACOLHO E TE CONTENHO

COMO SE FOSSE A VALIOSA PÉROLA

NA CONCHA DE MEU CORAÇÃO


O INFINITO PRAZER

QUE MEUS OLHOS NÃO ALCANÇAM

FAZEM VIBRAR MINH’ALMA

COM A EXPLOSÃO

DE TUDO QUE FICOU CONTIDO



O NÓ DO SEXUALISMO


     César era um homem que vivia checando seu poder sexual. Era o famoso garanhão. Por ser um homem bonito, atraente e expert na arte da sedução, todas as mulheres que encontrava se tornavam uma presa sexual fácil. Durante suas relações sexuais, César olhava com orgulho para seu pênis ereto e despejava sobre suas fêmeas porções ilimitadas de seu fértil esperma. Durante anos, César viveu assim, checando seu poder a cada relação e olhando sua própria imagem refletida no espelho que cada mulher apaixonada lhe oferecia. As mulheres se apaixonavam por César, mas nenhuma delas era mais apaixonada por sua imagem do que ele próprio. Ele era um verdadeiro narcisista. Centrado apenas em si, não conseguia enxergar a mulher com a qual copulava. Conferia o seu poder sexual, mas jamais os seus sentimentos, ideias e emoções capazes de construir uma relação afetiva.

César sabia “trepar” como ninguém, só não sabia se relacionar. Em seu círculo machista de amizades, sentia-se o máximo e se comprazia em dizer aos amigos as incontáveis relações que conseguia ter num dia, numa semana ou num mês. Vangloriava-se, inclusive, dos filhos que espalhava pelo mundo em suas incontáveis aventuras sexuais. Fazer filhos era, também, uma forma de poder e de se sentir mais macho. Só não conseguia ser pai, assumir este papel e se sentir como tal. Parecia estar internamente competindo com alguém, só não se dava conta com quem. Quem seria o adversário de César? Com quem César competia? As súditas mulheres com as quais copulava lhe faziam sentir um verdadeiro rei; um rei soberano aparentemente sem conflitos, pois seus conflitos insistiam em ficar escondidos em algum lugar inacessível de seu ser. Mas, um dia, César perdeu a majestade. Como? Umas das mulheres com a qual resolveu copular negou-lhe apresentar seu falso espelho. Diante disto, para onde César iria direcionar seu olhar? Aquela maldita mulher lhe negou a visão de seu pênis ereto e de seu substancial esperma. Naquele dia, a coroa caiu; de rei viveu a posição de miserável. Sua soberania foi substituída pela impotência. E agora? E se todas as mulheres lhe negassem, novamente, o espelho? Da certeza, juntou-se a incerteza e o medo. César preferiu se resguardar, pois jamais poderia experimentar novamente a traumática vivência de não ver seu pênis ereto e despejar seu poder e sua fertilidade no ventre feminino. O feminino antes tão frágil se transformou num espaço ameaçador. Sem ereção, curvou-se para o medo. O medo de enxergar a sua disfunção erétil,  cegou-lhe também para muitas coisas. Não conseguia enxergar o verdadeiro homem que lhe habitava. Sentia estar perdendo o poder em tudo. Produzir, relacionar-se, criar já não era uma tarefa fácil, pelo contrário, parecia praticamente impossível. Com a fantasia do impossível habitando sua mente, tornou-se a cada dia mais impotente e distante de tudo. Afastar-se da realidade era a única forma que conhecia de se preservar. E assim, foi falindo no trabalho, nos relacionamentos, enfim, decretou falência para com a própria vida. Pela primeira vez, experimentou a sensação terrível de não Ter Poder, de não Ser o Poder.

Odiou a mulher que lhe negou o espelho até que teve um sonho. Sonhou que vivia cercado de espelhos. Enxergava apenas a si mesmo. Viveu neste sonho a ilusória satisfação de ser o centro das atenções até que uma criança arremessou sobre seus espelhos uma pedra, estilhaçando-os. César teve ódio daquela criança até olhar bem nos olhos dela, fazendo uma importante descoberta. Aquela criança levada era ele mesmo. Viu que o olhar daquela criança, frágil e carente, pedia algo mais. Quando os espelhos quebraram, César se feriu, mas logo em seguida, olhando ao seu redor, enxergou pela primeira vez um mundo amplo e diversificado. César viu, pela primeira vez, algo mais do que ele próprio e se admirou com sua nova visão de vida. Compreendeu que este novo mundo era, com certeza, um grande desafio; aceitou este desafio sem a intenção de vencer, mas sobretudo, com claras intenções de crescer – Cresceu.

Depois deste sonho, César aprendeu a se relacionar com o mundo que cada mulher carregava dentro de si. Relacionando com este mundo, ele aprendeu muito mais com sua parceira e sobre si mesmo. Aprendendo, sentiu-se mais seguro e forte. Sentindo-se mais seguro e forte, o seu pênis se pôs, novamente,  em posição ereta, próprio de quem se sentia digno de estar vivendo um momento sagrado. Finalmente, passou a despejar não só o seu sêmen mas,  principalmente, toda a satisfação de ter vivenciado uma relação plena e profunda. Hoje, ele não precisa de inúmeras mulheres para se sentir homem; aliás, uma só mulher tornou-se capaz de lhe proporcionar a sua maior conquista. Hoje, seu objetivo não é gozar/ejacular, mas vivenciar e usufruir o amplo universo que lhe habita e que habita sua parceira. Gozar é apenas uma consequência disto tudo.


      Quantas pessoas saem à caça de parceiros como se estivessem competindo com alguém. Hoje é muito comum ouvirmos rapazes e moças exibirem a lista de pessoas que conseguiram caçar numa noite. Beijam e transam compulsivamente, sem qualidade e sem respeito pelo parceiro e por si mesmo. Temem compromissos, se sentem modernos e poderosos frente à promiscuidade. Relacionamento é uma palavra ultrapassada e ao mesmo tempo desconhecida para quem teme envolvimento. Descartam pessoas como se estivessem descartando uma lata vazia de cerveja. Depois de usada, que seja catada por quem gosta de produto reciclável. Que venha mais uma lata nova e cheia de cerveja. Vão se enchendo de parceiros para não ter que enfrentar o próprio vazio. Será que são modernos? As doenças, fruto deste comportamento promíscuo, aumentam, dia após dia, e o sentimento de solidão se esconde por detrás da fachada do liberalismo que exibe sempre um falso sorriso de satisfação. Doença e solidão é sinal de progresso e poder? Será que se trata mesmo de evolução ou de uma regressão aos tempos mais remotos de nossa história? A primeira coisa que a doença nos mostra é a nossa fragilidade e a primeira que nos rouba é o nosso poder.  A capacidade de se relacionar foi um dos principais avanços da humanidade. A aquisição desta capacidade permitiu o desenvolvimento de funções importantes que dá ao homem o atributo de ser humano, dentre elas, os sentimentos e a razão. Na esfera dos sentimentos estamos, gradativamente, desenvolvendo a nossa habilidade para amar, ser solidário, paciente, enfim lutamos para vencer toda a negatividade que nos aproxima de um mundo governado pelos impulsos. Na esfera da razão, estamos aprendendo a ser mais éticos, inteligentes, disciplinados, enfim, a pensar com mais sabedoria.

     Nem todos conseguem evoluir, pois são governados por impulsos de morte que geram todos os desequilíbrios que estamos sujeitos hoje. A revolução sexual só é um passo importante no sentido de permitir uma sexualidade livre, responsável e planejada. Uma revolução sem planejamento vira bagunça. No meio da algazarra, a desorganização prolifera e gera o caos. Em meio ao caos, a libertinagem encontrou terreno fértil para se fantasiar de liberdade e iludir os confusos, os perdidos e os imaturos que transformam a vida numa brincadeira de mau gosto. Brincando de fazer sexo, crianças nascem sem serem desejadas e sem nenhuma estrutura financeira e emocional que possa permitir o desenvolvimento das mesmas. A criança é a base de nossa sociedade. Uma criança violentada gera, concomitantemente, uma sociedade violenta – nosso principal cenário hoje.

      Não se deve conter a força da sexualidade e nem mesmo vivê-la de forma desregrada. É fundamental vive-la com prazer, sem culpa e com responsabilidade. Transar não é sinal de poder; só é poderoso aquele que consegue viver a sua sexualidade de maneira saudável, sem se prejudicar e sem lesar o outro e a sociedade. A vivência de uma sexualidade prazerosa só possível se houver uma relação harmoniosa com o parceiro, com o próprio corpo e com a própria vida.

          O ser humano tem muita dificuldade de viver com moderação. Há um grupo de pessoas que querem viver "tudo" e não se dão conta de que o "tudo" não existe. Na busca deste "tudo" acabam perdendo o "essencial". Lidar com a falta e com a restrição é um grande desafio. Embora não aceitemos, somos seres de falta e ao mesmo tempo, por mais paradoxal que possa parecer, somos seres de infinita abundância. A completude que buscamos é uma mera ilusão e desejo de nosso ego. O nosso ego é como uma criança mimada; quer a realização imediata de todos os nossos desejos. Se atendemos apenas as solicitações de nosso ego, reforçamos a imaturidade desta criança impedindo-a de crescer rumo aos desígnios mais elevados de  nossa alma. Há um outro grupo de pessoas que reverenciam as restrições a todo custo. "Nada pode". Para eles, a energia sexual deve ser contida e reprimida. O moralismo, o desafeto, o puritanismo, culpas e muitos traumas sexuais se escondem por trás destas posturas. Se vivermos a nossa abundância, a busca pela completude ou pela restrição perde o sentido. Na abundância podemos viver o prazer de forma saudável e a moderação de forma tranquila  e serena sem a sensação de estarmos sendo furtados.

      Energia sexual não foi feita para ser reprimida, mas com certeza, para ser bem aproveitada como toda fonte poderosa de energia.  Desperdiça-la, pode gerar uma série de problemas.  Para quem deseja utilizar bem sua energia sexual, preste atenção no exemplo do Pássaro Vermelho e do Curió da história abaixo.


A Fruta do Prazer


     Era uma vez uma árvore carregadinha de cajus deliciosos e hospedeira de um lindo pássaro vermelho, porém, guloso, que jamais se contentava com um caju só, queria todos eles. Pulava de galho em galho bicando um por um sem, no entanto, sentir o verdadeiro sabor de cada um deles. Questionado pelo amigo Curió acerca deste comportamento estranho, respondeu:

−São todos iguais e estão aqui para me satisfazer.  

−Mas, então não seria melhor comer um só? Você estragaria menos os lindos cajus deste pé e permitiria que este alimento fosse compartilhado com outros pássaros que estão também à procura de alimento.

−Quem chega primeiro leva o melhor. Se não são bons caçadores como eu, nada posso fazer. Zombou o Pássaro Vermelho se enchendo de pomba e estufando seu peito.

−Desde quando saber caçar pressupõe acabar com tudo que se vê pela frente? O verdadeiro caçador escolhe a presa certa, aquela que vai decerto sacia-lo. Argumentou o Curió.  

−Pois eu me sacio com todas. Contraverteu o Pássaro Vermelho com ironia.

−Não parece! Questionou o Curió, balançando serenamente a cabecinha de um lado para o outro.

−Por que? Perguntou confuso o Pássaro Vermelho.

−Porque a sua fome parece não ter fim. Você parece, na verdade, um insaciável. Esclareceu o Curió com a firmeza de quem percebe claramente as coisas.

−Acho que você morre de inveja do meu poder. Zombou o Pássaro Vermelho insaciável.
−Poder? Como assim? Perguntou, confuso, o Curió sem conseguir compreende-lo.

−O poder que tenho de caçar os cajus que você não dá conta. Olhe bem para você. Ha quanto tempo está comendo este único caju. Eu já biquei dezenas deles, além das dezenas de goiabas, laranjas, pêssegos e abates que papei só neste dia. Escarneceu o Pássaro Vermelho.

−Qual deles é mais gostoso? Desafiou o amigo Curió com a intenção de conscientiza-lo.

−Como já te disse, é tudo a mesma coisa. Pintou no pedaço, ta no papo! Zombou mais um vez o Pássaro Vermelho fazendo transparecer um certo sentimento de vingança. Parecia querer agredir o mundo com esta postura usurpadora.

−Cuidado para não comer uma fruta estragada. Aliás, é só isto que você sabe fazer com cada uma delas – estraga-las. Coitadas... Se elas, pelo menos, pudessem se defender de você... Vejo que você não possui nenhuma responsabilidade ecológica. Criticou o Curió.

−Responsabilidade ecológica... Que papo mais antigo! O bom mesmo é aproveitar a vida. Completou o Pássaro Vermelho rejeitando claramente as críticas do Curió.

−E desde quando quem tem responsabilidade não aproveita a vida? Parece que seus conceitos estão meio confusos, não acha? Interpelou o Curió.

−Esse papo ta careta demais! Tô fora do pedaço! O Pássaro Vermelho foi saindo, mas antes que levantasse voo o Curió lhe alertou:.

−Dizem que tem um bicho chamado homem que está se comportando assim como você. Dizem, inclusive, que antes dele se tornar a vítima fatal do próprio comportamento inconsequente, nós seremos as primeiras vítimas.

−Então é melhor aproveitar mais ainda a vida. Finalizou com ironia o Pássaro Vermelho.

     O tempo passou e chegou um inverno diferente de todos os invernos anteriores. A escassez era grande e já não havia mais alimento para todos. Milhares de animais morriam, dia após dia, e o desespero tomava conta de todos. A fartura só existia na lembrança, principalmente, daqueles que esbanjaram sem aprender a economizar e valorizar o alimento. Debaixo de uma árvore seca, fincada sobre um solo árido e quebradiço, estava o Pássaro Vermelho, moribundo e irreconhecível, pedindo a todos pássaros que passavam uma migalha de alimento. Passando por ali, o Curió  reconheceu o amigo, mas depois de checar, minuciosamente, se era ele mesmo, se deu conta de que deveria estar enganado. Olhou para suas penas que já não eram as mesmas e para o seu olhar ofuscado, pensando:

−Não!.. Este não pode ser o pássaro vermelho... Este olhar triste e frágil não tem nada haver com aquele olhar arrogante.

Antes que partisse, ouviu uma voz trêmula e abafada suplicando:

−Não conhece mais os amigos? Por favor, me dê um minuto de atenção.

−Amigos? Eu não te conheço. Justificou o Curió.

−Será que fiquei tão irreconhecível assim? Sou o Pássaro Vermelho.

−O que aconteceu com você? Perguntou assustado o Curió.

−Tudo aquilo que você previu um dia e eu não acreditei. Estou morrendo e não consigo caçar uma única fruta para matar a minha fome. Respondeu pesarosamente e com uma verdadeira expressão de arrependimento.

−Mas, você se dizia um excelente caçador. O que fez com que você perdesse a sua habilidade para caçar as dezenas de frutas que caçava anteriormente num único dia? Indagou o Curió.  

−Descobri, tardiamente, que nunca fui um caçador. Não aprendi a procurar meu verdadeiro alimento e valoriza-lo como deveria. Fui, na verdade, um esbanjador daquilo que a natureza me doava com fartura. Será que você poderia me doar, agora, um pequeno pedaço desta fruta preciosa que voce carrega consigo. Perguntou – Hoje, ela vale tanto quanto uma mina de ouro – Lamentou o Pássaro Vermelho, expressando mais do que desejo, uma nítida necessidade de se alimentar para matar a fome que poderia matar o seu corpo.

−Esta fruta vale mais que uma mina de ouro. Vale a minha vida e pode valer a sua, caso eu faça por você aquilo que faltou você fazer por todas as frutas que desperdiçava. Corrigiu o Curió.

−Acho que desperdicei também a minha vida deixando apodrecer dentro de mim o que eu possuía de mais valioso. Emendou o Pássaro Vermelho.

−O que você possuía de mais valioso? Perguntou curioso o sábio Curió.

−A minha capacidade de relacionar com respeito com o outro e comigo mesmo. Respondeu o Pássaro Vermelho denotando profundo discernimento.

−Parece que você aprendeu muita coisa importante... Conjecturou o Curió.

−Espero que não seja tarde demais! Lastimou-se o Pássaro Vermelho.

−Nunca é tarde quando temos coragem de abrir mão de nossa vaidade e usar a nossa humildade como veículo para nos conduzir rumo ao  novo caminho que nos aguarda. Não vou lhe dar um pedaço de minha fruta, mas vou lhe dar algo mais precioso. Vou lhe ensinar a encontrar a fruta preciosa que matará a sua fome trazendo a sua vida de volta. Proferiu o Curió com sabedoria querendo oferecer o máximo de sua generosidade.  

−Eu lhe agradeço, mas estou muito fraco, não consigo mais voar. Justificou o Pássaro Vermelho com pesar.

−Nem sempre a melhor fruta está no topo da árvore. Algumas estão no chão; são arrancadas pelo vento para que possam nutrir aqueles que não podem voar alto. No topo das árvores existem também frutas podres. Você sabe bem disto! Esclareceu o Curió.

−Você tem razão! Eu já ajudei a estragar muitas delas. Admitiu o Pássaro Vermelho com ar de arrependimento.

−Você já se arrependeu e isto já basta! Alimentar a culpa só vai ajudar a estragar  ainda mais o resto de vida que você possui. Vá, levante-se. Viva! Vá à busca de sua fruta. Tenho que ir, pois tenho uma linda família para alimentar. Incentivou o Curió.

−Família? Deve ser bom ter uma família. Refletiu o Pássaro Vermelho demonstrando total falta de conhecimento acerca desta realidade que lhe faltava.  

−Você pode ter uma também. Vá à luta e lembre-se. “A família é como uma fruta. Só será saudável se a semente escolhida for sadia, e por último, se tivermos com ela uma relação saudável. Família é uma só, não dá para ficar descartando como se fosse um lixo. É necessário recicla-la a cada dia com bons exemplos e sentimentos saudáveis”. Alertou o Curió.

−Vá! Não se atrase por minha causa. Obrigado pelo alimento que me deste hoje. Esta conversa me nutriu com o desejo de seguir em frente. O velho Pássaro Vermelho precisava mesmo morrer. Agora poderei renascer e sentir, finalmente, o sabor de cada fruta que eu encontrar em meu caminho. Eu nunca soube distinguir o sabor de uma fruta. Maçãs, laranjas, cajus, ameixas, enfim, todas elas possuíam para mim o mesmo sabor. Perdido no desejo de nada perder, eu perdi a capacidade de apurar meu paladar e sentir o verdadeiro sabor da vida e da fruta do prazer. Mas, não se preocupe, eu aceito o desafio de encontrar o que jamais valorizei no passado. Vou usar, sabiamente, o restinho de energia que me resta para realizar esta nova conquista. Não desperdiçarei este valioso restinho de energia.  Ainda me resta uma esperança. Só tenho a agradecer! Obrigado por tudo! Agradeceu o Pássaro Vermelho se sentindo mais forte para seguir em frente sem carregar em sua nova bagagem as véstias de vítima ou vilão. Com uma bagagem mais leve, conseguiu abrir suas asas e tocar carinhosamente nas asas do amigo lhe dando um afetuoso abraço. .

−Boa sorte! Finalizou o Curió denotando uma grande alegria frente as mudanças do Pássaro Vermelho.

     Os dois se despediram e seguiram em frente; cada qual com  a sua missão e certos de que a sorte alcança quem a busca.


ESPAÇO DE REFLEXAO


     Tem certos ingredientes que somados à nossa sexualidade, além de enriquecê-la, poderão se transformar em um fator decisivo para a nossa saúde bio-psíquica, evolução pessoal e social. Dentre eles, quais fazem parte de sua receita sexual?

(  ) Respeito

(  ) Responsabilidade

(  ) Entrega

(  ) Desejo

(  ) Prazer

(  ) Afetividade

(  )Amor

(  ) Compromisso

(  ) Criatividade

(  )Carinho

(  )Tranquilidade

(  ) Informação

(  ) Auto-conhecimento

(  ) Conhecimento do parceiro

(  )Liberdade

(  )Flexibilidade







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